Com a aproximação do Dia Internacional da Mulher, debates necessários são trazidos, como a representação feminina em determinados setores. Na área de ciência e tecnologia, por exemplo, a presença das mulheres é grande, mas ainda existe preconceito contra a ocupação delas nesses espaços. Uma pesquisa da Women in Tech, do Reino Unido, aponta que apenas um em cada seis especialistas em tecnologia no País são mulheres e um em cada dez está em cargos de liderança em TI. No Brasil, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), apenas 20% dos profissionais de TI representam a participação feminina.
Ainda de acordo com a Women In Tech, a pesquisa britânica indica que a economia do país poderia se beneficiar se mais mulheres trabalhassem no setor de TI, por apresentarem melhores habilidades de comunicação e ideias mais inovadoras, por exemplo. O mundo dos games é outro exemplo claro. De acordo com a Pesquisa Game Brasil do ano passado, 69,8% das brasileiras jogam algum tipo de jogo eletrônico e, dentre os gamers, a presença feminina representa a maioria, com 53,8% das jogadoras, que podem ser classificadas como casuais e “hardcore”. Apesar disso, ainda existe grande preconceito contra eles, advindo principalmente de jogadores homens.
Segundo as ONU e a Unesco, a igualdade de gênero é uma das prioridades para os próximos anos. Os efeitos da pandemia, em que muitas mulheres tiveram que se dividir em tarefas domésticas, trabalho em casa e criação de filhos em tempo integral, acenderam um sinal de alerta para as conquistas das mulheres. Podemos destacar também a Agenda Educação 2030, que se refere ao compromisso do movimento Educação para Todos (Education for All) em garantir o acesso à educação básica em todo o mundo. Esse movimento reforça o fato de que a igualdade de gênero exige que meninas e meninos, mulheres e homens sejam empoderados na educação e por meio dela, ao mesmo tempo em que têm pleno acesso aos ciclos completos de ensino. Quando se trata de tecnologia, esse tópico é essencial, pois as meninas são menos incentivadas a estudar a computação e seguir essa carreira, em comparação com os meninos.
Quando olhamos para grandes empresas de tecnologia, no Brasil e no mundo, encontramos várias mulheres em cargos de chefia e presidências. Aqui, temos Kátia Ortiz, gerente-geral da operação brasileira da ServiceNow, bem como Marcelle Paiva, COO da Oracle. Ao redor do mundo, podemos encontrar Lisa Su, CEO da AMD e Ginni Rometty, da IBM, considerada pioneira na empresa. Estes são alguns dos vários exemplos para mulheres jovens e adultas, de que podem e devem estar onde quiserem, ainda que o local seja predominantemente masculino.
Focando na Dra. Lisa Su, que foi considerada uma das mulheres mais poderosas do mundo pela Fortune, a CEO, uma imigrante taiwanesa nos Estados Unidos, assumiu a AMD em 2014, onde encontrou o valor da empresa girando em torno de US$ 2 bilhões. Em quase sete anos, esse número ultrapassou a marca de US$ 90 bilhões, representando o crescimento exponencial da companhia no mercado. Para uma empresa focada em movimentos de inovação, diversidade e inclusão como parte da cultura, desde 2018, a AMD revisa anualmente suas métricas e estratégias de Diversidade, Pertencimento e Inclusão e, em 2019, foi selecionada para o Índice de Igualdade de Gênero Bloomberg (GEI), junto com 230 companhias. É fato que empoderar os colaboradores, com transparência e políticas consistentes de igualdade de gênero, pode tornar qualquer empresa mais inovadora, produtiva e eficaz.
Por Priscila Bianchi, gerente de vendas na AMD
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